domingo, 17 de abril de 2011

Formação da personalidade


    "Em se tratando de seres humanos, as crianças são um universo à parte.
    Em minha opinião, trabalhar com elas exige do profissional da psicologia um excelente conhecimento técnico sobre o desenvolvimento infantil em seus aspectos psíquicos e fisiológicos...
    O período estimado para a formação da personalidade é de mais ou menos 5 anos de idade. Nesse período uma criança passa por muitas situações e mudanças que, além de serem intensas e diversificadas, ocorrem num espaço muito curto de tempo.
    As crianças aprendem muitas coisas com os pais e ou substitutos: caminhar, falar, desenvolver hábitos (higiene, sono, alimentação, etc). Conhecem os seus semelhantes e estabelecem maneiras de se relacionar com eles, bem como com os animais distinguindo seus nomes, características, formas, etc.
    Em tudo o que fazem e dizem elas podem interagir e ou serem meras expectadoras do desenrolar de eventos normalmente recheados de: imagens, sons, sentimentos, críticas, julgamentos, sentenças, valores, etc.
    Usando de uma definição em linguagem figurada na tentativa de explicar de uma forma mais simples a formação da personalidade de um indivíduo, costumo compará-la ao ‘alicerce’ de um prédio em construção. Quanto maior a qualidade dos materiais a serem utilizados junto a uma mão de obra adequada, mais forte será esse ‘alicerce’ diminuindo os riscos de rachaduras e danos na sua estrutura.
    Diante de possíveis abalos esse ‘alicerce’ terá uma melhor resistência  e em contra partida o indivíduo terá aumentadas as chances de minimizar as seqüelas do problema.
    Porém, devemos ter em mente que, a cada dia e por toda a nossa vida  estamos em constante aperfeiçoamento, descobrimento e amadurecimento, fazendo do lema ‘vivendo e aprendendo’ a mais pura verdade. Estamos em constante ‘lapidação’..."   
                                              
   Denise M.C. Rodrigues
   Psicóloga Clínica, Neuropsicóloga e Escritora
   extraído do artigo publicado em: www.brasilclinicas.com.br

3 comentários:

  1. Muito bom, Cibele!

    Vou voltar sempre aqui para ler os novos posts.

    Gostaria de pedir se é possível você desenvolver um tema sobre adoção, crianças adotadas e uma relação da idade da criança adotada com o que devemos esperar dela ( coisas boas e problemas que já podem estar consolidados ). Penso muito em adotar uma criança e gostaria de saber se estou preparada.
    Também gostaria de saber se escolher o sexo seria muito prejudicial, ou se ainda com os prejuízos , vale a pena para a criança.
    Possíveis sites sobre orfanatos etc.
    Um abraço! Muito obrigada!

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  2. Olá, Mimi! Obrigada por sua visita, pelos comentários e pode deixar que vou pesquisar sobre esse tema sim, com muito carinho. :)

    Abraços,
    Cibele

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  3. Olá, Mimi
    tudo bem?

    Conforme sua sugestão, realizei a pesquisa e seguem abaixo algumas referências:

    Adoção no Brasil
    Dados mostram a diferença entre a realidade e a idealização

    Especialistas afirmam que o perfil idealizado pelos interessados em adotar um filho está na contramão do que se encontra nos abrigos do país. Esclarecer a vida desses pequeno pode diminuir a fila para quem pretende adotar uma criança. A maioria dos brasileiros sabe que este é um país multicultural, formado por diversas etnias e costumes e com realidades sociais distintas. Mas em alguns aspectos, a sociedade não contempla esse fato.

    O perfil das crianças desejadas por candidatos a adotar um filho é um exemplo. Embora boa parte dos menores abrigados nas cerca de 600 instituições para esse fim no Brasil seja formada por afro-descendentes (63,6%) e 61,3%1 deles tenham entre 7 e 15 anos, a maior parte dos interessados em adoção procura por bebês com pele clara.

    De acordo com Marta Wiering Yamaoka, psicóloga judiciária da Vara da Infância e Juventude de São Bernardo do Campo, a maior dificuldade é encontrar pessoas interessadas nas crianças que estão para a adoção. “Grande parte dos candidatos desejam meninas, ainda muito pequenas e brancas. Esse é o motivo mais relevante para a demora do processo”, afirma.

    http://www.alobebe.com.br/site/revista/reportagem.asp?texto=429

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    Quando pensamos em adoção tardia, o receio mais comum é este: “Se eu adotar uma criança maior, com a personalidade já formada, será que não estarei trazendo problemas para dentro de casa? Este é um medo muito comum. Portanto, diante dessas dúvidas, o ideal é pesquisarmos sobre o assunto, conversar com pessoas que já adotaram crianças (ou adolescentes) e até mesmo, fazer parte desses trabalhos onde a criança/adolescente passa finais de semana ou períodos de férias com a família...Assim, poderemos ter uma ideia se realmente é isso que queremos.

    No que se refere à adoção tardia, a psicóloga Marlizete Maldonado Vargas esclarece algumas dúvidas em matéria publicada na Revista Crescer.

    Adoção tardia: desafios e muito amor

    http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI119863-10514,00.html

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    Paulo Wanzeller – GAA Renascer – Belém do Pará: em seu texto, o autor expõe a realidade das adoções no Brasil, procurando derrubar as barreiras do preconceito:

    “...Precisamos nos manifestar, precisamos mostrar que os filhos adotados são milhares e que não estão no abismo do desequilíbrio psicológico motivados pelo processo de filiação, se abrirmos os jornais hoje, amanhã ou depois de amanhã, constataremos que crimes bárbaros não são peculiares da filiação adotiva, e que ser filho adotivo não é a força propulsora da indignidade, do desequilíbrio psicológico....”

    O endereço abaixo trata-se um blog de uma moça chamada Cláudia Gimenes, que tem 41 anos e seus três filhos são adotivos. Seus relatos são bastante interessantes:

    http://adocaoamorverdadeiro.blogspot.com/

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    Neste endereço, são apresentadas as CARACTERÍSTICAS DO ESTÁGIO DE CONVIVÊNCIA

    Super informativo!

    http://www.tjdft.jus.br/trib/vij/docVij/artigos/AdocTardia.pdf

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    Espero ter ajudado. Abraços e boa sorte! ;)

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