segunda-feira, 25 de abril de 2011

Uma semente chamada Empatia

Por que tanta maldade nesse mundo? Onde vamos parar se continuarmos assim?
Agora imagine como seria diferente se todos nós, adultos, tivéssemos a regra de ouro arraigada em nosso coração, através do seguinte pensamento: “Não vou fazer para essa pessoa o que eu não gostaria que ela fizesse para mim”, ou: “Vou tratá-lo da mesma forma que eu gostaria de ser tratado”. Quanto egoísmo e maldade deixariam de existir, não é?
Mamães, agora uma boa notícia!! Nós podemos fazer a nossa parte, no intuito de produzir adultos melhores para este mundo. Vamos plantar uma poderosa sementinha no coração de nossos pequenos, que fará muita diferença em suas vidas e relacionamentos.
Essa poderosa sementinha chama-se “empatia” e pode ser plantada desde muito cedo quando, ao invés de simplesmente recriminarmos uma criança, “ensinamos” a ela a atitude correta, fazendo com que se coloque no lugar do outro. Dessa forma, ela tem a oportunidade de raciocinar sobre seu próprio comportamento e fazer diferente em uma outra ocasião.
Sempre que a criança comete um erro, devemos ter em mente que: "trata-se de um ser humano que depende de mim para ser orientado e incentivado ao acerto”. Ok?
Por exemplo: Há alguns dias, minha filha (5 anos) ganhou um brinco de uma amiga nossa e respondeu que a personagem favorita dela era outra (diferente daquela do brinco) e que a cor favorita também era outra. Sendo minha filha, eu a conheço e deduzi que certamente ela queria ouvir: “Nossa, você gosta dessa personagem? E dessa cor? Que mocinha você está!”. Talvez não seja muito legal essa pressa em querer ser mocinha, mas o fato é que ela gosta de ouvir esse tipo de comentário.
Por outro lado, minha amiga que deu o brinco com tanto carinho, deve ter ficado chateada. Diante dessa situação, lhe pedi desculpas e fiz o seguinte:
Em particular, chamei minha filha e expliquei: “Filha, eu entendi o que você quis dizer. Você é boazinha e não queria que ela ficasse triste. Mas pensa comigo: quando você dá um presente, você quer que a pessoa fique feliz ou fale que não gostou?”
Imediatamente ela respondeu: “Que fique feliz, mas...e se a pessoa não gostar? Vai mentir?”
Respondi: “Não, meu amor. Não precisa mentir. Se não gostar, é só dizer obrigada”...
E assim por diante....várias situações irão ocorrer, mas se persistirmos em fazer dessa forma, sempre estimulando para que ela se coloque no lugar da outra pessoa, daremos a oportunidade para que ela reflita sobre o que fez e procure melhorar. Depois do “sermão”, podemos citar alguma qualidade da criança, dar um abraço e dizer que sabemos que ela entendeu e que da próxima vez será diferente.
No entanto, para o sucesso deste método, em alguns casos poderá ser necessário também um trabalho de avaliação e ajustes em nosso próprio comportamento, com o objetivo de substituir os famosos(e tão prejudiciais) gritos, críticas e repreensões ofensivas, por essa técnica de correção didática, amorosa e eficiente.


por: Cibele Raiado

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